segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Teste Pneu Pirelli Corsa Pro e BM60

Bom dia
Como eu havia falado, consegui testar o novo jogo de pneus. Antes havia dois Pirelli, um BM90 (26x1.9 MTB) na traseira e um BM60 (26x1.9) na dianteira. Agora, continuo com dois pneus Pirelli, sendo que na traseira um BM60 26x1.5 (com faixa âmbar) e na dianteira um CorsaPro 26x1.5. O BM60 26x1.5 não é "slick", mas os cravos juntos permitem um deslocamento mais fluido no asfalto sem perder aderência em pistas de terra batida ou com pouca lama. Agora o CorsaPro ao meu ver, misto, tem um excelente desenho, onde os cravos são poucos e juntos também e permite bom desempenho no asfalto e um pouco melhor do que o BM60 (mesmo com chuva pois no dia do "bike drive" chovia pracaramba!!), mas na lama pode esquecer e no máximo estrada de terra molhada. Os dois pneus estão na faixa dos R$30,00. Eu fiz esta mistura porque quando fui comprar o BM60 só tinha um e eu tive essa idéia de por o Corsapro na frente. Bom, acho que ficou bom, pelo menos pra mim.
Um abraço a tod@s
Chris

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Grajaú --> São Conrado (via Alto da Boa Vista)


Bike route 1082944 - powered by Bikemap 

Sabadão, dia nublado, acordei lá pelas 10:00, e nada prá fazer. Ué, vamos pedalar! Vanessa e eu decidimos ir do Grajaú a São Conrado via Alto da Boa Vista e retornar pela orla da zona sul, Centro e finalmente Grajaú. Um caminho que há algum tempo planejamos fazer, só faltava a coragem. Afinal, não é uma rota fácil. Além do longo trecho de subidas (10 dos 12 primeiros quilômetros), algumas bastante íngremes, as descidas exigem bastante dos freios. Depois, nas praias, seria quase certo pegarmos um desgastante vento contra (isso já se tornou uma constante). Então, é melhor tomar um bom café da manhã e sair logo antes que fique muito tarde!!!

Como resolvemos ir de supetão, não tivemos tempo de marcar com outras pessoas e dessa vez fomos apenas nós dois. Por volta das 13:00 alcançamos a esquina da Rua Conde de Bonfim com Rua Uruguai, ponto que sempre tomamos como início da subida do Alto. O céu estava encoberto e por isso o clima era bastante agradável, apesar da hora avançada.

A primeira subida (e também a mais longa) é relativamente tranquila; pista larga, carros não muito rápidos (afinal, é uma subida), sinalização indicando a presença e dando a preferência aos ciclistas e após 8km chegamos à "pracinha do Alto" (+/- 40 min). A partir dessa pracinha é possível seguir para o Pico da Tijuca, Mirante Excelsior, Cristo Redentor, etc. Para o nosso objetivo ainda tivemos que pedalar pouco menos de 1 km (2-3 min) pela Rua Conde de Bonfim até o Corpo de Bombeiros e pegamos à esquerda a Estrada da Vista Chinesa. Desse ponto em diante saímos das ruas com grande movimentação de carros e foi possível relaxar bem mais sem essa preocupação durante a pedalada.

A partir da Est. da Vista Chinesa o caminho é fabuloso. Em meio ao Parque Nacional da Tijuca, totalmente arborizado e com baixo movimento de carros o local é uma ótima opção para quem quer curtir uma pedalada acompanhado por vários animais como tucanos, macacos-prego, entre outros. O mesmo vale para o restante do caminho, até São Conrado. Após algumas subidas e descidas bastante íngremes lembrei do que ouvi de um ciclista num vídeo da Pedal2: "quem tá empurrando não está parado." E nesse lento ritmo de sobe e desce chegamos à entrada da Pedra Bonita, de onde se pula de asa-delta, parapente e afins. Nesse ponto já estávamos com as pernas bastante cansadas, mas nada capaz de nos fazer desistir. Afinal, como a TV toda hora repete, somos brasileiros, guerreiros e não desistimos nunca. SUPERAÇÃO!!! (Ah, Régis Rösing...).

Agora vem a melhor parte: Descida!, até São Conrado, no nível do mar. É o momento em que todo santo ajuda (espero que eles estejam de olho nos meus freios). É só se deixar ser levado, mas com cuidado pois há muitas curvas fechadas no caminho e como a descida é bastante inclinada, se ganha velocidade rapidamente. Duas horas e dez minutos após a partida na Tijuca chegamos à São Conrado, muito satisfeitos e com uma fome de matar. Depois de detonar um delicioso e demorado yakissoba na comunidade da Rocinha descansamos na praia de São Conrado, uma das mais bonitas da cidade.

Assim que a noite caiu decidimos, vamos CURTIR UM ENGARRAFAMENTO! Essa foi a expressão usada pela Vanessa para definir nossa passagem pela Av. Niemeyer. O trânsito estava bastante parado e percorremos 4km deixando uma fileira de carros de mesmo comprimento para trás. Ah, realmente, isso é que é curtir um engarrafamento.

Já no Leblon, foi só fazer o de sempre, pedalar até o Grajaú, mas com a grata surpresa da ausência de vento contra. Nossa, como é bom pedalar sem vento contra! E melhor ainda, como é bom pedalar. No dia seguinte, apesar do grande esforço que fizemos, não sentia qualquer tipo de dor.








domingo, 11 de setembro de 2011

18/09 - Passeio ciclístico "Um Dia Sem Carro"

Ontem presenciei o surgimento de uma nova expressão: "...curtindo um engarrafamento." Foi o que a Vanessa disse enquanto ultrapassávamos aproximadamente 4km de carros parados em fila indiana na Av. Niemeyer, indo de São Conrado ao Leblon.

Mas como engarrafamento raramente é divertido (principalmente para quem fica preso nele), inúmeros movimentos surgem mundo a fora com o intuito de estimular as pessoas a repensarem a maneira como se locomovem nas cidades, principalmente nos grandes centros urbanos. Um deles é o "Dia Mundia Sem Carro" que terá mais uma edição na cidade do Rio de Janeiro.

O Dia Mundial Sem Carro acontecerá no dia 18/09 e percorrerá a orla dos bairros do Flamengo e Botafogo, partindo da altura do MAM (Museu de Arte Moderna), no Aterro do Flamengo. De acordo com os organizadores o evento contará com apoio médico, mecânico, cordão de isolamento e haverá o sorteio de livros, bicicletas e uma passagem de ida e volta para a Holanda.

Vale lembrar pra quem quer ir e mora longe que aos domingos é permitido entrar com bicicletas nas Barcas que fazem a travessia Rio-Niterói e também no metrô, de graça. Nos trens da SuperVia não sei como funciona. Ou você pode simplesmente ir pedalando (com segurança), o importante é contribuir com sua presença.

Maiores informações sobre o evento no link abaixo:


segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Rio, capital da bicicleta?

Rio capital da bicicleta é um programa da prefeitura do Rio de Janeiro que quer, em poucos anos (até a Copa do Mundo, imagino eu), dobrar a extensão da malha cicloviária da cidade (hoje 150km). Com 300km de ciclovias o Rio de Janeiro ultrapassará Bogotá, capital da Colômbia, e se tornará a cidade da América Latina com a maior malha cicloviária. E assim se tornará capital da bicicleta. Será?

Tem quase um ano que a bicicleta entrou no meu dia-a-dia. Antes disso eu achava uma falta de amor próprio usar bicicleta para se deslocar pela cidade. Muito perigoso dividir a rua com os carros, com os ônibus, até com os pedestres. Hoje eu posso falar com toda a propriedade sobre o assunto: de fato existe algum perigo, mas sendo prudente e, principalmente, respitando as regras de trânsito, é possível.

E se alguém por acaso me perguntasse, hoje: o que você faria para transformar o Rio na capital da bicicleta? Se eu fosse um burocrata talvez eu dissesse: aumentaria a malha cicloviária! Eu não sou um burocrata (felizmente). Eu sou uma ciclista. Eu sei que pintar umas bicicletas no asfalto e pregar umas placas no poste não são um meio muito eficiente de explicar para a sociedade (aqui incluo os próprios ciclistas) que deve haver espaço e segurança para todos que desejam se movimentar dentro das cidades.

Educação é a chave. Não tem atalho. E se aqui eu estou citando o problema da mobilidade urbana é porque sigo a vocação desse espaço. Não, eu não acredito no professor como salvador do mundo, como mártir. Educação não é responsabilidade somente da escola regular, é responsabilidade também da família. É o que está na nossa constituição federal.

Aqui no Grajau (um bairro residencial na Zona Norte do Rio de Janeiro), onde moro, no começo desse ano encontrei a primeira pista de que o programa Rio capital da bicicleta me visitaria: uma enorme placa com a logo do programa, o custo das obras, os prazos. Quando a movimentação das máquinas começou, descobri que uma ciclovia (ciclovia mesmo, com uso exclisivo para bicicletas) seria colocada na rua que liga o meu quarteirão ao Shopping Center da região, um trecho de não mais que 800m (que eu estava cansada de fazer de bike). Essa rua tinha uma única pista bem larga, com a ciclovia a pista ficou bem estreita.

Separando a ciclovia da pista colocaram uns olhos de gato que são incapazes de segurar os carros na sua pista, mas que são altos o suficiente para fazer com que um ciclista encontre facilmente o chão ao tentar atravessar. Em um outro trecho, entretanto, a ciclovia divide espaço com umas vagas para estacionar carros. Delimitar no chão as vagas e a ciclovia te parece o suficiente? Afinal é só o caso de indicar ao motorista os limites da sua vaga. Certo? Errado! Os engenheiros da prefeitura consideraram mais prudente colocar um guard-rail separando os carros parados da ciclovia. Vai entender...

Mas a pergunta que não quer calar é: sinto-me mais segura para pedalar por esse trecho, agora que tenho uma ciclovia a meu favor? Não, categoricamente. Só para vocês terem uma ideia, até ameaçada de morte por um taxista eu já fui nessa ciclovia (algo do tipo "vou passar por cima"). Isso porque eu tive que ir para a pista dos carros por conta de um outro taxi que estava, vejam só, parado na ciclovia! Mundo redondo.

Aliás, carro parado (até estacionado) nessa ciclovia, não é coisa incomum. Uma outra historinha ilustrativa: certa vez o Victor se queixou a uns PMs da sua viatura, parada na ciclovia. Foi xingado (xingado!) pelos policiais. Juro que sinto uma certa inveja daquele Prefeito da Lituânia que passou com um blindado por cima de um carro de luxo parado na ciclovia. E não são apenas os PMs, também os Guardas Municipais parecem completamente alheios às intenções da Prefeitura de transformar o Rio na capital latina da bicicleta. Outro dia, eu e Victor fomos para a Lapa (o bairro que é berço da boemia carioca e que tem uma vida noturna agitadíssima) e resolvemos prender as bicicletas na frente de um posto da Guarda Municipal (Choque de Ordem, para os que conhecem). Para nossa completa surpresa, um dos Guardas se aproximou de nós dizendo que nós não podíamos parar ali. Sabem porque? Porque, nas palavras dele, se as nossas bicicletas fossem roubada dali, nós culpariamos a Guarda Municipal! Oh, e agora quem poderá nos defender? O desenrolo levou uns 15min até convencermos os guardas a "deixarem" as nossas bicicletas presas lá.

Tudo isso dito (será que alguém conseguiu chegar até aqui? hehe), acho que não resta dúvida de que para transformar o Rio na verdadeira capital da bicicleta falta muito mais do que 150km em ciclovias. Falta educação.

Certa vez fui chamada de corajosa por um motorista no trânsito. No dia em que o Rio for a capital da bicicleta espero ser promovida a cidadã!

quinta-feira, 26 de maio de 2011

San Francisco: here I go!

Em alguns dias estarei embarcando para a minha primeira aventura cicloturística solo: cinco dias em San Francisco utilizando uma bike alugada como único meio de transporte.

Para os que não sabem, San Francisco é uma das cidades mais amigáveis ao ciclista no mundo. Lá a bicicleta faz parte do dia-a-dia das pessoas e interage com todos os outros meios de transporte público (dos ônibus aos barcos). Em San Francisco nasceu a Massa Crítica (infelizmente eu não estarei lá na última sexta-feira do mês)! Espero trazer de lá - além de experiências e fotos incríveis - ideias, soluções e conceitos que possam ser adaptados a realidade das grandes cidades brasileiras.

Preciso dizer que estou mega ansiosa e animada?

Aproveitei essa animação toda para traduzir e legendar um vídeo produzido pela San Francisco Bicycle Coalition. Esse vídeo aborda a segurança ao pedalar de forma muito objetiva e suas dicas valem para qualquer grande cidade do mundo. Eles têm outros vídeos muito legais que pretendo traduzir e legendar no futuro.

Espero que seja útil!