segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Teste Pneu Pirelli Corsa Pro e BM60

Bom dia
Como eu havia falado, consegui testar o novo jogo de pneus. Antes havia dois Pirelli, um BM90 (26x1.9 MTB) na traseira e um BM60 (26x1.9) na dianteira. Agora, continuo com dois pneus Pirelli, sendo que na traseira um BM60 26x1.5 (com faixa âmbar) e na dianteira um CorsaPro 26x1.5. O BM60 26x1.5 não é "slick", mas os cravos juntos permitem um deslocamento mais fluido no asfalto sem perder aderência em pistas de terra batida ou com pouca lama. Agora o CorsaPro ao meu ver, misto, tem um excelente desenho, onde os cravos são poucos e juntos também e permite bom desempenho no asfalto e um pouco melhor do que o BM60 (mesmo com chuva pois no dia do "bike drive" chovia pracaramba!!), mas na lama pode esquecer e no máximo estrada de terra molhada. Os dois pneus estão na faixa dos R$30,00. Eu fiz esta mistura porque quando fui comprar o BM60 só tinha um e eu tive essa idéia de por o Corsapro na frente. Bom, acho que ficou bom, pelo menos pra mim.
Um abraço a tod@s
Chris

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Grajaú --> São Conrado (via Alto da Boa Vista)


Bike route 1082944 - powered by Bikemap 

Sabadão, dia nublado, acordei lá pelas 10:00, e nada prá fazer. Ué, vamos pedalar! Vanessa e eu decidimos ir do Grajaú a São Conrado via Alto da Boa Vista e retornar pela orla da zona sul, Centro e finalmente Grajaú. Um caminho que há algum tempo planejamos fazer, só faltava a coragem. Afinal, não é uma rota fácil. Além do longo trecho de subidas (10 dos 12 primeiros quilômetros), algumas bastante íngremes, as descidas exigem bastante dos freios. Depois, nas praias, seria quase certo pegarmos um desgastante vento contra (isso já se tornou uma constante). Então, é melhor tomar um bom café da manhã e sair logo antes que fique muito tarde!!!

Como resolvemos ir de supetão, não tivemos tempo de marcar com outras pessoas e dessa vez fomos apenas nós dois. Por volta das 13:00 alcançamos a esquina da Rua Conde de Bonfim com Rua Uruguai, ponto que sempre tomamos como início da subida do Alto. O céu estava encoberto e por isso o clima era bastante agradável, apesar da hora avançada.

A primeira subida (e também a mais longa) é relativamente tranquila; pista larga, carros não muito rápidos (afinal, é uma subida), sinalização indicando a presença e dando a preferência aos ciclistas e após 8km chegamos à "pracinha do Alto" (+/- 40 min). A partir dessa pracinha é possível seguir para o Pico da Tijuca, Mirante Excelsior, Cristo Redentor, etc. Para o nosso objetivo ainda tivemos que pedalar pouco menos de 1 km (2-3 min) pela Rua Conde de Bonfim até o Corpo de Bombeiros e pegamos à esquerda a Estrada da Vista Chinesa. Desse ponto em diante saímos das ruas com grande movimentação de carros e foi possível relaxar bem mais sem essa preocupação durante a pedalada.

A partir da Est. da Vista Chinesa o caminho é fabuloso. Em meio ao Parque Nacional da Tijuca, totalmente arborizado e com baixo movimento de carros o local é uma ótima opção para quem quer curtir uma pedalada acompanhado por vários animais como tucanos, macacos-prego, entre outros. O mesmo vale para o restante do caminho, até São Conrado. Após algumas subidas e descidas bastante íngremes lembrei do que ouvi de um ciclista num vídeo da Pedal2: "quem tá empurrando não está parado." E nesse lento ritmo de sobe e desce chegamos à entrada da Pedra Bonita, de onde se pula de asa-delta, parapente e afins. Nesse ponto já estávamos com as pernas bastante cansadas, mas nada capaz de nos fazer desistir. Afinal, como a TV toda hora repete, somos brasileiros, guerreiros e não desistimos nunca. SUPERAÇÃO!!! (Ah, Régis Rösing...).

Agora vem a melhor parte: Descida!, até São Conrado, no nível do mar. É o momento em que todo santo ajuda (espero que eles estejam de olho nos meus freios). É só se deixar ser levado, mas com cuidado pois há muitas curvas fechadas no caminho e como a descida é bastante inclinada, se ganha velocidade rapidamente. Duas horas e dez minutos após a partida na Tijuca chegamos à São Conrado, muito satisfeitos e com uma fome de matar. Depois de detonar um delicioso e demorado yakissoba na comunidade da Rocinha descansamos na praia de São Conrado, uma das mais bonitas da cidade.

Assim que a noite caiu decidimos, vamos CURTIR UM ENGARRAFAMENTO! Essa foi a expressão usada pela Vanessa para definir nossa passagem pela Av. Niemeyer. O trânsito estava bastante parado e percorremos 4km deixando uma fileira de carros de mesmo comprimento para trás. Ah, realmente, isso é que é curtir um engarrafamento.

Já no Leblon, foi só fazer o de sempre, pedalar até o Grajaú, mas com a grata surpresa da ausência de vento contra. Nossa, como é bom pedalar sem vento contra! E melhor ainda, como é bom pedalar. No dia seguinte, apesar do grande esforço que fizemos, não sentia qualquer tipo de dor.








domingo, 11 de setembro de 2011

18/09 - Passeio ciclístico "Um Dia Sem Carro"

Ontem presenciei o surgimento de uma nova expressão: "...curtindo um engarrafamento." Foi o que a Vanessa disse enquanto ultrapassávamos aproximadamente 4km de carros parados em fila indiana na Av. Niemeyer, indo de São Conrado ao Leblon.

Mas como engarrafamento raramente é divertido (principalmente para quem fica preso nele), inúmeros movimentos surgem mundo a fora com o intuito de estimular as pessoas a repensarem a maneira como se locomovem nas cidades, principalmente nos grandes centros urbanos. Um deles é o "Dia Mundia Sem Carro" que terá mais uma edição na cidade do Rio de Janeiro.

O Dia Mundial Sem Carro acontecerá no dia 18/09 e percorrerá a orla dos bairros do Flamengo e Botafogo, partindo da altura do MAM (Museu de Arte Moderna), no Aterro do Flamengo. De acordo com os organizadores o evento contará com apoio médico, mecânico, cordão de isolamento e haverá o sorteio de livros, bicicletas e uma passagem de ida e volta para a Holanda.

Vale lembrar pra quem quer ir e mora longe que aos domingos é permitido entrar com bicicletas nas Barcas que fazem a travessia Rio-Niterói e também no metrô, de graça. Nos trens da SuperVia não sei como funciona. Ou você pode simplesmente ir pedalando (com segurança), o importante é contribuir com sua presença.

Maiores informações sobre o evento no link abaixo:


segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Rio, capital da bicicleta?

Rio capital da bicicleta é um programa da prefeitura do Rio de Janeiro que quer, em poucos anos (até a Copa do Mundo, imagino eu), dobrar a extensão da malha cicloviária da cidade (hoje 150km). Com 300km de ciclovias o Rio de Janeiro ultrapassará Bogotá, capital da Colômbia, e se tornará a cidade da América Latina com a maior malha cicloviária. E assim se tornará capital da bicicleta. Será?

Tem quase um ano que a bicicleta entrou no meu dia-a-dia. Antes disso eu achava uma falta de amor próprio usar bicicleta para se deslocar pela cidade. Muito perigoso dividir a rua com os carros, com os ônibus, até com os pedestres. Hoje eu posso falar com toda a propriedade sobre o assunto: de fato existe algum perigo, mas sendo prudente e, principalmente, respitando as regras de trânsito, é possível.

E se alguém por acaso me perguntasse, hoje: o que você faria para transformar o Rio na capital da bicicleta? Se eu fosse um burocrata talvez eu dissesse: aumentaria a malha cicloviária! Eu não sou um burocrata (felizmente). Eu sou uma ciclista. Eu sei que pintar umas bicicletas no asfalto e pregar umas placas no poste não são um meio muito eficiente de explicar para a sociedade (aqui incluo os próprios ciclistas) que deve haver espaço e segurança para todos que desejam se movimentar dentro das cidades.

Educação é a chave. Não tem atalho. E se aqui eu estou citando o problema da mobilidade urbana é porque sigo a vocação desse espaço. Não, eu não acredito no professor como salvador do mundo, como mártir. Educação não é responsabilidade somente da escola regular, é responsabilidade também da família. É o que está na nossa constituição federal.

Aqui no Grajau (um bairro residencial na Zona Norte do Rio de Janeiro), onde moro, no começo desse ano encontrei a primeira pista de que o programa Rio capital da bicicleta me visitaria: uma enorme placa com a logo do programa, o custo das obras, os prazos. Quando a movimentação das máquinas começou, descobri que uma ciclovia (ciclovia mesmo, com uso exclisivo para bicicletas) seria colocada na rua que liga o meu quarteirão ao Shopping Center da região, um trecho de não mais que 800m (que eu estava cansada de fazer de bike). Essa rua tinha uma única pista bem larga, com a ciclovia a pista ficou bem estreita.

Separando a ciclovia da pista colocaram uns olhos de gato que são incapazes de segurar os carros na sua pista, mas que são altos o suficiente para fazer com que um ciclista encontre facilmente o chão ao tentar atravessar. Em um outro trecho, entretanto, a ciclovia divide espaço com umas vagas para estacionar carros. Delimitar no chão as vagas e a ciclovia te parece o suficiente? Afinal é só o caso de indicar ao motorista os limites da sua vaga. Certo? Errado! Os engenheiros da prefeitura consideraram mais prudente colocar um guard-rail separando os carros parados da ciclovia. Vai entender...

Mas a pergunta que não quer calar é: sinto-me mais segura para pedalar por esse trecho, agora que tenho uma ciclovia a meu favor? Não, categoricamente. Só para vocês terem uma ideia, até ameaçada de morte por um taxista eu já fui nessa ciclovia (algo do tipo "vou passar por cima"). Isso porque eu tive que ir para a pista dos carros por conta de um outro taxi que estava, vejam só, parado na ciclovia! Mundo redondo.

Aliás, carro parado (até estacionado) nessa ciclovia, não é coisa incomum. Uma outra historinha ilustrativa: certa vez o Victor se queixou a uns PMs da sua viatura, parada na ciclovia. Foi xingado (xingado!) pelos policiais. Juro que sinto uma certa inveja daquele Prefeito da Lituânia que passou com um blindado por cima de um carro de luxo parado na ciclovia. E não são apenas os PMs, também os Guardas Municipais parecem completamente alheios às intenções da Prefeitura de transformar o Rio na capital latina da bicicleta. Outro dia, eu e Victor fomos para a Lapa (o bairro que é berço da boemia carioca e que tem uma vida noturna agitadíssima) e resolvemos prender as bicicletas na frente de um posto da Guarda Municipal (Choque de Ordem, para os que conhecem). Para nossa completa surpresa, um dos Guardas se aproximou de nós dizendo que nós não podíamos parar ali. Sabem porque? Porque, nas palavras dele, se as nossas bicicletas fossem roubada dali, nós culpariamos a Guarda Municipal! Oh, e agora quem poderá nos defender? O desenrolo levou uns 15min até convencermos os guardas a "deixarem" as nossas bicicletas presas lá.

Tudo isso dito (será que alguém conseguiu chegar até aqui? hehe), acho que não resta dúvida de que para transformar o Rio na verdadeira capital da bicicleta falta muito mais do que 150km em ciclovias. Falta educação.

Certa vez fui chamada de corajosa por um motorista no trânsito. No dia em que o Rio for a capital da bicicleta espero ser promovida a cidadã!

quinta-feira, 26 de maio de 2011

San Francisco: here I go!

Em alguns dias estarei embarcando para a minha primeira aventura cicloturística solo: cinco dias em San Francisco utilizando uma bike alugada como único meio de transporte.

Para os que não sabem, San Francisco é uma das cidades mais amigáveis ao ciclista no mundo. Lá a bicicleta faz parte do dia-a-dia das pessoas e interage com todos os outros meios de transporte público (dos ônibus aos barcos). Em San Francisco nasceu a Massa Crítica (infelizmente eu não estarei lá na última sexta-feira do mês)! Espero trazer de lá - além de experiências e fotos incríveis - ideias, soluções e conceitos que possam ser adaptados a realidade das grandes cidades brasileiras.

Preciso dizer que estou mega ansiosa e animada?

Aproveitei essa animação toda para traduzir e legendar um vídeo produzido pela San Francisco Bicycle Coalition. Esse vídeo aborda a segurança ao pedalar de forma muito objetiva e suas dicas valem para qualquer grande cidade do mundo. Eles têm outros vídeos muito legais que pretendo traduzir e legendar no futuro.

Espero que seja útil!

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Carta à Viação Itapemirim 3

Mais um capítulo dessa odisséia. Pelo visto ela vai ser mais longa do que eu estava imaginando. Vejam abaixo os últimos movimentos:


Dia 03/fev (10:45)

Prezada Senhora Vanessa, bom dia!

Referente a manifestação 172340 registrada na empresa, solicitamos que informe um número de telefone ou entre em contato com a nossa Central de Atendimento através do número ( 0800 723 2121), opção 5 para que possamos lhe informar o parecer.

Obrigada!

Atenciosamente,
Ligia Forkel
Líder de Atendimento

0800 723 2121
www.itapemirim.com.br



Dia 07/fev (13:56)

Prezada Ligia,

ao tentar entrar em contato com a Central de Atendimento da Viação Itapemirim descobri que não é possível fazer a chamada de telefone celular, e eu não possuo telefone fixo em casa. Gostaria de saber o porquê de o parecer não poder ser dado por e-mail.

Atenciosamente,
Vanessa



Dia 07/fev (14:06)

Prezada Lígia,

meu telefone é (21)9X8X9X6X. Aguardo o contato.

Atenciosamente,
Vanessa


Dia 07/fev (14:27)

Prezada Senhora Vanessa, boa tarde!

É com muita satisfação que recebemos seu e-mail, encaminhamos seu e-mail para o setor responsável, pedimos por gentileza que aguarde um retorno.

Agradecemos seu contato.

Atenciosamente,
Ligia Forkel
Líder de Atendimento

0800 723 2121
www.itapemirim.com.br


Depois disso, por volta das 15:05, eu recebi a ligação da Viação Itapemirim. Um ponto para eles, pois as respostas sempre foram bem rápidas (apesar de vazias). Falei com a atendente Michele. Muito pacientemente ela me disse que, de acordo com o artigo 3º do decreto 2521 da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), os passageiros apenas têm direito de transportar no bagageiro do ônibus 30kg de objetos de uso pessoal e que, dessa forma, bicicleta devia pagar excesso de bagagem. Vocês entenderam a lógica? Eu também não. Tentei explicar que a bicicleta era de uso pessoal, que era a minha única bagagem e blá blá blá. Falava, falava, falava e a Michele ouvia calada apenas para voltar a evocar o tal artigo do decreto da ANTT como um mantra... Percebi que aquela ligação não teria nenhum futuro. Por fim disse para ela que não estava satisfeita com as respostas que ela estava me dando e que, para mim, aquele assunto ainda não estava resolvido. E tchau.

Logo em seguida baixei o decreto 2521 no sítio da ANTT. O artigo 3º diz, entre outras coisas que não se relacionam com o meu caso, o seguinte:

"(...) bagagem: conjunto de objetos de uso pessoal do passageiro, devidamente acondicionado, transportado no bagageiro do veículo (...)"

Conforme já disse, isso não me impediria de transportar a bicicleta, já que a mesma é de uso pessoal.

Mais adiante, no artigo 70 (o qual a Michele não mencionou), consta o seguinte:

"O preço da passagem abrange, a título de franquia, o transporte obrigatório e gratuito de bagagem no bagageiro e volume no porta-embrulhos, observados os seguintes limites máximos de peso e dimensão:
I – no bagageiro, trinta quilos de peso total e volume máximo de trezentos decímetros cúbicos, limitada a maior dimensão de qualquer volume a um metro;
II – no porta-embrulhos, cinco quilos de peso total, com dimensões que se adaptem ao porta-embrulhos, desde que não sejam comprometidos o conforto, a segurança e a higiene dos passageiros.
Parágrafo único. Excedida a franquia fixada nos incisos I e II deste artigo, o passageiro pagará até meio por cento do preço da passagem correspondente ao serviço convencional pelo transporte de cada quilograma de excesso."


Pelo que entendi, é proibido transportar qualquer volume no bagageiro com mais de 1m em qualquer dimensão. Entretanto essa regra em momento nenhum foi mencionada por qualquer dos funcionários da Viação Itapemirim com os quais me comuniquei. Vale ressaltar que a bicicleta desmontada está dentro do limite da franquia em decímetros cúbicos.

Somo ainda a isso as informações veiculadas pelo blog Pode Levar Bicicleta, originárias de declarações feitas pela Viação Itapemirim via Twitter (por causa dessa história também virei tuiteira: @VanessaRCB). Como vocês podem ver no printscreen abaixo, eles afirmam que as bicicletas podem ser transportadas livremente no bagageiro do ônibus.


























Disso tudo concluo que a Viação Itapemirim, bem como diversos outros setores da nossa sociedade, não está preparada para atender o ciclista (inclusa a bicicleta), tratando a questão com pouca (ou nenhuma) seriedade. Triste. A boa notícia é que existe um Projeto de Lei (6824/10), em tramitação na Câmara dos Deputados, que indica o quê pode e o quê não pode em termos do transporte de bicicletas em bagageiro de ônibus. No blog Pode Levar Bicicleta é possivel encontrar informações básicas sobre o assunto.

Da minha parte, posso afirmar à vocês que não vou desistir do ressarcimento do montante cobrado indeviamente e da retratação pública que a Viação Itapemirim nos deve.

Continua...



Carta à Viação Itapemirim
Carta à Viação Itapemirim 2
Carta à Viação Itapemirim 3

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Carta à Viação Itapemirim 2

No dia 26 ocorreu a primeira troca de e-mails entre mim e a Viação Itapemirim (nesse caso representada pela Sra. Marcia). A minha primeira impressão foi péssima. Parecia que a funcionária não tinha lido nem a primeira linha da carta que eu escrevi... Enfim, aguardemos os próximos movimentos.


(10:02)

Prezada senhora Vanessa, bom dia.

É com muita satisfação que recebemos seu e-mail, para melhor atendê-la favor nos informar onde foi registrada a ocorrência , quando e o número do protocolo.

Estamos no aguardo.

Atenciosamente,
Marcia Mendes
Líder de atendimento
0800-7232121
www.itapemirim.com.br



(10:16)

Prezada Márcia,

todas as informações requeridas pela senhora constam na carta por mim enviada à Viação Itapemirim (local, dia e hora). Sobre o número de protocolo a que se referiu, não sei do que se trata.

Atenciosamente,
Vanessa


(11:27)

Prezada senhora Vanessa, bom dia.

Inforamamos que está carta não chegou ao nosso departamento de manifestação, a senhor pode nos enviar a carta ou e-mail , estamos no aguardo.

Atenciosamente,
Marcia Mendes
Líder de atendimento
0800-7232121
www.itapemirim.com.br


(12:00)

Prezada Márcia,

a carta foi enviada pelo canal "Fale Conosco" do sítio da Viação Itapemirim na Internet (em dois formulários, pois o espaço disponível para comunicação foi insificiente para enviá-la inteira em um único formulário). Para simplificar as coisas, encaminho a mesma abaixo.

Atenciosamente,
Vanessa



Carta à Viação Itapemirim
Carta à Viação Itapemirim 2
Carta à Viação Itapemirim 3

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Carta à Viação Itapemirim

Prezados,

Entro em contato para relatar uma experiência vivida por mim e dois companheiros de viagem no dia 24 de Janeiro do presente ano, na Rodoviária de Cachoeiro de Itapemirim. Estou certa de que os fatos ocorridos nesta ocasião exigem uma explicação da empresa, bem como uma mudança de postura da mesma no futuro e o ressarcimento de valores que nos foram cobrados indevidamente.

Tínhamos passagens compradas neste dia para o horário das 7h, com destino ao Rio de Janeiro. Nós três estávamos retornando de uma cicloviagem (modalidade de ciclismo voltada para o turismo) e, sendo assim, a nossa principal bagagem eram as bicicletas. Ao acomodar as bicicletas no bagageiro do ônibus, a funcionária da Viação Itapemirim responsável por etiquetar os volumes que entram no bagageiro nos comunicou que deveríamos pagar R$10 por excesso de bagagem. Perguntei a ela qual era o critério para cobrança dessa taxa e a mesma argumentou que uma bicicleta não era uma bagagem “normal” e que, dessa forma, o excesso de bagagem deveria ser cobrado. Só depois de muito insistir – e de receber algumas respostas muito pouco educadas – consegui arrancar da funcionária a informação que eu queria: 30kg é a franquia de bagagem dos passageiros da Viação Itapemirim. Ótimo, agora não precisaríamos enveredar pela subjetividade do que é “normal” ou não para uma bagagem (e do direito de um passageiro ter uma bagagem “anormal”, se essa for a sua vontade...), bastaria aplicar o critério e nós não precisaríamos pagar nenhum excesso de bagagem, pois as bicicletas pesam menos de 30kg. Certo? Infelizmente não foi o que aconteceu. A funcionária disse que cumpria apenas os desígnios da empresa e que o “encarregado” (pelo que eu entendi era a pessoa que estava hierarquicamente acima dessa funcionária) só chegaria às 8h e que nós poderíamos desembarcar as bicicletas e esperar por ele se quiséssemos. Ironias e sarcasmos à parte, o nosso ônibus saía às 7h e precisávamos de uma solução imediata. Ela então chamou outra funcionária, para a qual eu expliquei detalhadamente o motivo de nós não termos que pagar o tal excesso de bagagem, considerando a franquia de 30kg. Entretanto, esta funcionária apenas reafirmou que a posição da empresa era de que uma bicicleta, independente do seu peso, deveria pagar excesso de bagagem. Já cansada de tentar me fazer entender pelas duas funcionárias e com o ônibus prestes a sair, pagamos a taxa e conseguimos seguir para casa.

Consultei o sítio na Internet da Viação Itapemirim no mesmo dia e copio abaixo as informações constantes na sessão de Perguntas Frquentes:

“5. Qual a quantidade de volume gratuito permitido para o transporte?
O cliente tem direito de embarcar até 30 kg de objetos pessoais com dimensão de um metro no bagageiro e 05 kg no porta-embrulhos.”

“7. Como é cobrado o excesso de bagagem?
É cobrado 0,5% sobre o valor da passagem do serviço convencional para cada quilo em excesso.”

Como se pode constatar, nada é mencionado sobre taxas especiais cobradas sobre bicicletas. A informação da franquia de 30kg passada pelas funcionárias estava correta, mas nada foi dito quanto ao limite de tamanho dos volumes transportados. Com relação ao peso, como já disse, as bicicletas estavam dentro do limite da franquia. Já com relação ao tamanho, não, já que as bicicletas sem as rodas ficam com um comprimento de cerca de 110cm. De qualquer forma, só existe no sítio da empresa explicação sobre como é cobrado excesso de bagagem por peso, o que não era o nosso caso. Vamos então recorrer à alguma matemática para entender o problema. Considerando que 1kg (a unidade de medida do excesso de bagagem em peso) representa cerca de 3,3% de 30kg (a franquia de bagagem em peso), posso estimar que a unidade de medida do excesso de bagagem em tamanho seja de cerca de 3,3% de 100cm (a franquia de bagagem em tamanho), ou seja, a cada 3cm de excesso de bagagem seria cobrada uma taxa de 0,5% sobre o valor da passagem. Espero que ninguém tenha se perdido nos números até aqui, porque o resultado é chocante! Seguindo essa lógica, um volume com 110cm de comprimento (que, como já disse, é o tamanho médio de uma bicicleta sem as rodas), deveria pagar cerca de 1,5% de taxa sobre o valor da passagem, o que, no nosso caso, daria R$0,72 (a passagem foi R$52). Relembrando, nós pagamos R$10 pelo transporte das bicicletas, o que representa cerca de 19,2% do valor da passagem e nos daria o direito de transportar um volume de cerca de 215cm de comprimento, o que sequer caberia no bagageiro do ônibus. Parece absurdo, não? Foi o que aconteceu. Mesmo diante dessa desproporção chocante, acho importante ressaltar também o despreparo dos funcionários da empresa, que, além de tratarem a nossa situação com descaso, não nos passaram as informações corretas sobre a política de cobrança de excesso de bagagem da Viação Itapemirim.

Toda essa situação nos deixou muito descontentes e decepcionados. As bicicletas vêm se inserindo cada vez mais no dia-a-dia dos brasileiros (seguindo uma tendência mundial), seja como meio de transporte, diversão ou trabalho. Elas trazem inúmeros benefícios para a saúde, não lançam poluentes na atmosfera - pois não queimam combustíveis - e têm um incrível potencial como redutoras dos problemas de trânsito nos grandes sistemas urbanos. Por todos esses motivos a bicicleta é, hoje, um ícone em termos de responsabilidade ambiental. Nos últimos anos elas foram integradas em diversos meios de transporte público, e já podem entrar em metrôs e barcas de diversas cidades brasileiras. Também vem aumentando nas cidades a quantidade de quilômetros de ciclovias e ciclofaixas. Diante dessa demanda crescente pelas bicicletas, a Viação Itapemirim está na contramão, não apenas ao desrespeitar os direitos do passageiro, mas também ao discriminar o ciclista e denominar a bicicleta como uma bagagem “anormal”.

Eu, sinceramente, gostaria que este comunicado fosse um estímulo para que a Viação Itapemirim adotasse uma postura mais amigável ao ciclista, harmonizando-se com os interesses públicos pró-bicicleta e até mesmo melhorando a sua imagem diante dos passageiros e da opinião pública. Do ponto de vista prático, espero uma resposta da empresa se desculpando pelo ocorrido e explicitando claramente a sua política de cobrança de taxas extras relacionadas ao excesso de bagagem. Além disso, espero que sejamos ressarcidos do montante que nos foi cobrado à mais para embarcar as bicicletas no bagageiro.

Informo ainda que esta carta foi publicada no sítio www.re-ciclobikers.blogspot.com logo após ter sido enviada pelo canal “Fale Conosco” do sítio da Viação Itapemirim na Internet. A resposta da empresa será publicada integralmente no mesmo blog, assim que for recebida.

Atenciosamente,
Vanessa


Carta à Viação Itapemirim
Carta à Viação Itapemirim 2
Carta à Viação Itapemirim 3